Novidades do ArcGIS Pro para Revigorar Antigas Técnicas
Esta publicação faz parte de uma série de artigos publicados exclusivamente para o aplicativo ArcGIS Pro. Aproveitando a licença destinada ao uso durante o isolamento social, gostaria de convidar você para uma nova jornada no conhecimento deste Sistema de Informação Geográfica (SIG) prometido como sucessor do projeto bem sucedido de mapeamento chamado ArcGIS Desktop.
Sem a menor sombra de dúvida, o ArcGIS Pro traz consigo muitas novidades. Por este motivo, vou construir um número elevado de publicações com temas relevantes e de interesse da comunidade de Geotecnologias. Após superar uma década à frente da produção de conteúdo, os leitores merecem essa atualização do conteúdo considerado como relevante pela maioria.
Minha meta pessoal é estabelecer uma releitura de procedimentos antigos para que você possa adquirir mestria nesta ferramenta.
Meta Inicial: Processamento de Imagens com o MDE Topodata
O Topodata é um raster de altimetria de domínio público com alto embasamento na literatura acadêmica, o que por si só justifica o seu uso.
Embora eu seja capaz de justificar as análises de altimetria com base no Topodata, todos os modelos de elevação de domínio público serão utilizados em publicações futuras e isso inclui o Alos Palsar, o SRTM de 30 metros V4 e o ASTER GDEM. Acompanhe as publicações do InstrutorGIS para aprender mais sobre os Modelos Digitais de Elevação de domínio público.
ArcGIS Pro: Cronograma de Publicações sobre o SRTM Topodata
- 0001 ArcGIS Pro: Topodata – Download do MDE SRTM com Ajuste de Datum
- 0002 ArcGIS Pro: Topodata – Análises dos Metadados do Raster
- 0003 ArcGIS Pro: Topodata – O Cálculo das Estatísticas
- 0004 ArcGIS Pro: Topodata – Mosaico de Imagens SRTM
- 0005 ArcGIS Pro: Topodata – Transformação de Float32 para UInt16
- 0006 ArcGIS Pro: Topodata – Reprojeção do Sistema Geográfico para o Sistem Projetado
- 0007 ArcGIS Pro: Topodata – Reprojeção do MDE Topodata para a Projeção Albers
- 0008 ArcGIS Pro: Topodata – Remoção de Pixels Negativos no STM Topodata
- 0009 ArcGIS Pro: Topodata – Recorte do Raster de Altimetria
- 0010 ArcGIS Pro: Topodata – Reclassificação dos Intervalos de Altitude
- 0011 ArcGIS Pro: Topodata – Reclassificação pela Tabela
- 0012 ArcGIS Pro: Topodata – Gerar Tabela de Valores
- 0013 ArcGIS Pro: Topodata – Rampa de Cores e Simbologia
- 0014 ArcGIS Pro: Topodata – Extrair Curvas de Nível
- 0015 ArcGIS Pro: Topodata – Geração de TIN
Na publicação de hoje, vamos entender o mecanismo de análise dos Metadados no ArcGIS Pro.
O que são Metadados? Por que eles são importantes?
Metadado é um termo que pode assumir vários significados dentro de vários contextos. Para quem trabalha com dados, pode-se assegurar que os Metadados são dados sobre dados ou ainda dados que contém outros dados. Na prática com imagens, o entendimento dos metadados é claro quando o contexto é a armazenamento de informações técnicas para um determinado arquivo raster.
Olhando por esta perspectiva técnica, é admissível o uso dos metadados em diversos aspectos. Por exemplo, se alguém precisa tomar uma medicação, qual é a recomendação expressa que o paciente deve observar antes da ingestão de qualquer medicamento? Resposta: a leitura da bula. Como sabemos, todas as composições químicas do remédio estão descritas naquele documento, assim como os cuidados necessários, dosagem certa e eventuais efeitos colaterais. Assim, podemos dizer que a bula representa o metadado do remédio, porque este instrumento contém informações técnicas sobre a medicação em questão.
Nós dependemos da leitura correta dos metadados de um arquivo raster para executar de forma segura todas as etapas do Processamento Digital de Imagens (PDI). Sem tomar conhecimento da Extensão do Raster, do número de Faixas Espectrais ou Bandas, da sua Resolução Espacial, do Tipo de Dado e das Estatísticas do Raster, o nosso trabalho será conduzido sem método e, um trabalho sem objetivo pode desencadear falhas consecutivas e até mesmo o retrabalho.
MDE Topodata: Principais Metadados
As características acima citadas são identificadas com maior frequência, porém, existem outras informações técnicas que devem ser observadas quando lidamos com arquivos raster no Sistema de Informações Geográficas ArcGIS Pro. Para o Topodata, existem aspectos da estrutura do raster que serão analisados logo abaixo.
Primeiro, vamos às imagens. Podemos utilizar as mesmas cenas Topodata processadas no artigo anterior:
Para analisar os medadados de uma das cenas, acesse suas propriedades:
As informações técnicas do recorte Topodata estão catalogadas no item Source (ignore a categoria Metadata que aparece logo acima).
Há seis grupos nesta categoria: Data Source, Raster Information, Band Metadata, Statistics, Extent e Spatial Reference.
Análise do Grupo Data Source
Este grupo apresenta o nome do arquivo raster e o local do computador.
Análise do Grupo Raster Information
Este grupo contém as principais informações técnicas para a imagem Topodata. As principais são estas:
- Columns e Rows: armazena a quantidade de linhas e colunas do raster;
- Number of Bands: contém o total de bandas presentes na imagem;
- Cell Size X e Y: armazena a resolução espacial do raster;
- Pixel Type: descreve o a primeira parte do Tipo de Dado da matriz;
- Pixel Depth: descreve o a segunda parte do Tipo de Dado da matriz.
A análise das informações técnicas é um fator de extrema importância para as análises espaciais com dados raster. Apenas observando a imagem acima, podemos chegar à conclusão de que a cena 16S495ZN.tif é um arquivo raster com uma única banda com pixels em radianos (unidades de grau). Outra observação interessante é o Tipo de Dado. Todas as cenas Topodata são entregues em Ponto Flutuante de 32 Bit ou Float32.
Cada um destes itens e suas implicações no processamento de imagens serão estudados nas publicações futuras.
Análise do Grupo Band Metadata
Este grupo contém uma tabela com o indexador de cada banda e o raster Topodata possui apenas uma delas:
Análise do Grupo Estatísticas
O Cálculo das Estatísticas é uma característica importantíssima para qualquer raster. Na imagem abaixo, chega ao nosso conhecimento a informação de que as estatísticas para o recorte Topodata não foram calculadas.
Este assunto tem um impacto muito grande no Processamento Digital de Imagens (PDI) e seus desdobramentos permitem acrescentar uma nova perspectiva para o tratamento das imagens. Falaremos somente sobre as Estatísticas no próximo artigo.
Análise do Grupo Extent
Exibe as extensões do raster de acordo com sistema de coordenadas do dado. As coordenadas das extensão serão exibidas em graus decimais. Suas configurações são: Topo, Base, Esquerda e Direita.
Análise do Grupo Spatial Reference
Conforme você observou no artigo anterior, é de responsabilidade do utilizador das imagens Topodata a etapa de definição de um Modelo da Terra ou Datum. Somente após a execução do geoprocesso Define Projection, teremos a tabela exibida na imagem abaixo:
Uma boa prática é anotar o Código EPSG dos Sistemas de Referência de Coordenadas mais utilizados no Brasil. Para o recorte 16S495ZN, temos o Sistema de Coordenadas Geográficas, Datum SIRGAS 2000 com o EPSG:4674, que é uma padronização dos sistemas utilizados no SIG.
Resultados da Análise dos Metadados do Raster
Esta é a sua oportunidade de conhecer a profundidade do Processamento Digital de Imagens partindo do Modelo Digital de Elevação até alcançar altos níveis de processamento com imagens de satélite, de aerolevantamento e aerofotogrametria com drones. As práticas e metodologias adotadas são as mesmas. Começar a validação a partir do recebimento dos dados evita equívocos e absurdos que geram o retrabalho. Continue acompanhando as leituras do site InstrutorGIS para entender deste e de outros assuntos complexos.
Informações
InstrutorGIS é o projeto de produção de conteúdo de Jorge Santos.
Jorge Santos é Instrutor de Geotecnologias, Produtor de Conteúdo Geo, Técnico em Geoprocessamento, Analista em Geoprocessamento e Designer Gráfico com mais de dez anos de experiência.
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